Petrobras inicia processo para vender fatia na Gaspetro; Oi quer assembleia para flexibilizar plano de recuperação e mais notícias

No radar corporativo, a Petrobras anunciou na noite de ontem uma série de desinvestimentos, o mais aguardado dos quais é a venda dos 51% restantes que possui de participação na Gaspetro. A estatal publicou o teaser para a venda da sua participação na distribuidora de gás natural, que possui mais de 10 mil quilômetros de gasodutos no Brasil. A Japonesa Mitsui é dona dos 49% restantes na Gaspetro. Em outro negócio, a Neoenergia aprovou a emissão de debêntures no valor de R$ 300 milhões e com vencimentos em 2045.

Petrobras (PETR3;PETR4

A Petrobras anunciou na noite de ontem uma série de desinvestimentos, dentro da política da atual administração de gerar mais valor aos acionistas da estatal. Em um comunicado, publicou o teaser para a venda dos 51% que possui na Gaspetro, distribuidora de gás natural que atua em 19 Estados brasileiros.

A venda da Gaspetro foi um desinvestimento cogitado várias vezes por Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras. A japonesa Mitsui é proprietária dos 49% restantes da empresa, pelos quais pagou R$ 1,9 bilhão em 2015. O valor atual da Gaspetro se situaria ao redor de R$ 4 bilhões, segundo analistas.

A Gaspetro controla uma rede de 10 mil quilômetros de gasodutos, com participação em várias distribuidoras estaduais de gás natural. Em outro comunicado, a Petrobras divulgou o teaser para a venda dos campos de gás de Merluza e Lagosta, na Bacia de Santos. Os campos ficam em águas rasas (o de Merluza, 135 metros de profundidade) e são apenas da estatal brasileira. Merluza está em operação desde 1993 e Lagosta desde 2009.

Conforme destaca o Bradesco BBI, a Petrobras está priorizando a venda a um comprador financeiro/estratégico, em vez de um IPO. A Petrobras detém 51% da Gaspetro (enquanto a Mitsui detém 49%), com a empresa detendo uma participação média de cerca de 44% em 19 empresas brasileiras de distribuição de gás.

“O valor contábil da Gaspetro é de cerca de R$ 2 bilhões (US$ 487 milhões) e estimamos que o lucro líquido seja de aproximadamente R$ 300 milhões. 100% da Gaspetro poderia ser de R$ 3,0 a R$ 5,5 bilhões (US$ 670 a US $ 770 milhões). Ao vender sua participação de 51%, a Petrobras poderia arrecadar cerca de US$ 340 milhões a US$ 390 milhões”, avalia o analista.

Vale (VALE3)

A Vale informou que obteve junto à Petrobras navios chamados de Oil Spill Recovery Vessel (OSRV, na sigla em inglês) para conter um eventual vazamento de óleo da embarcação com minério de ferro que encalhou após deixar o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA), na segunda-feira.

A medida é apenas preventiva, já que segundo a Capitania dos Portos não há vazamento do combustível do navio, que está encalhado fora do canal de acesso ao terminal. A mineradora informou ainda que contratou especialistas em salvatagem para acelerar o plano de retirada do combustível da embarcação.

A operadora do navio, a sul-coreana Polaris Shipping, explicou nesta quinta-feira que ainda avalia a extensão dos danos causados pelo contato da embarcação com algo ainda não identificado no fundo do mar, o que causou a avaria.

“Como resultado do incidente, alguns tanques de água e espaços vazios sofreram danos, embora a extensão dos danos ainda deva ser estabelecida”, disse a Polaris em nota. “Acredita-se que os porões de carga estejam intactos e a situação está sob controle.” Todos os membros da tripulação estão seguros, destacou.

Dados do terminal Eikon, da Refinitiv, mostram que o navio tinha como destino o porto de Qingdao, na China, para onde deveria levar uma carga de 275 mil toneladas de minério de ferro.

Oi (OIBR3;OIBR4)

A Oi protocolou junto à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro petição para convocar nova assembleia geral de credores e discutir um aditamento ao plano de recuperação judicial homologado, disse a empresa em comunicado. O objetivo do aditamento é alcançar maior flexibilidade operacional e financeira “para continuar seu projeto de investimento e o cumprimento de seu plano estratégico de transformação”, disse a companhia.

A estratégia passa por reorganização das operações “de forma a dar mais eficiência a sua estrutura societária e criar opções estratégicas de capitalização e fortalecimento da Oi”. A “Oi reitera seu compromisso na execução de seu Plano Estratégico com foco na massificação da fibra ótica no Brasil e em negócios de maior valor agregado e com tendência de crescimento e visão de futuro”.

A nova administração da Oi conseguiu, em dois anos, reduzir a dívida imensa de R$ 60 bilhões para R$ 16 bilhões. Esse e outros argumentos devem ser apresentados em uma nova Assembleia Geral de Credores, que a empresa deve convocar em breve – o comunicado enviado à CVM na manhã de hoje não traz uma data. A última Assembleia aconteceu nos dias 19 e 20 de dezembro do ano passado. Segundo a Oi, só poderão participar da próxima Assembleia os credores que estiveram na última e que, até ontem (27 de fevereiro) ainda detinham ações e outros papéis da operadora em seu poder.

AES Tietê (TIET11

A geradora e transmissora AES Tietê Energia, que controla 35 hidrelétricas no interior de São Paulo, divulgou balanço e informou um lucro líquido de R$ 105,6 milhões no quarto trimestre de 2019, expansão de 0,6% sobre igual período de 2018. A empresa informou que no ano inteiro de 2019 o lucro líquido cresceu 4,2% para R$ 300,1 milhões. Os números da AES vieram na média das projeções de analistas de mercado.

A receita líquida da empresa cresceu 13,1% para R$ 528 milhões no quarto trimestre do ano passado. No fechamento de 2019, a receita líquida avançou 6,6% para R$ 2 bilhões. A geradora de energia reportou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 285,9 milhões no quarto trimestre do ano passado, uma expansão de 6,1 sobre igual período de 2018. Em 2019 fechado, o Ebitda avançou 2,3% para R$ 1,02 bilhão.

O balanço teve dois destaques: um foi o aumento dos investimentos da empresa em parques eólicos geradores de energia e outro foi a redução do endividamento líquido da empresa. Embora a dívida bruta supere R$ 4 bilhões, a empresa conseguiu reduzir sua dívida líquida em 6,5% em 2019 para R$ 2,89 bilhões. Segundo a empresa, o índice de alavancagem da dívida sobre o Ebitda fechou 2019 em 2,79 vezes (2,79x). A empresa conseguiu refinanciar grande parte do débito, que vencerá a partir de 2025.

A companhia atualizou sua previsão de investimentos para o período de 2020 a 2024 para aproximadamente R$ 1,4 bilhão. Em maio do ano passado, a empresa projetava investir R$ 662,1 milhões entre 2019 e 2023 na finalização da construção de parques eólicos e projetos já existentes. Um pouco mais da metade desse aporte, R$ 342,8 milhões, foram investidos ao longo de 2019.

Conforme fato relevante divulgado pela elétrica, o montante será direcionado à modernização e manutenção de seus ativos em operação e à expansão, principalmente para a construção do complexo eólico Tucano e desenvolvimento de unidades de geração distribuída.

Neoenergia (NEOE3)

A Neoenergia aprovou ontem a emissão de debêntures no valor de R$ 300 milhões. Segundo a empresa, os recursos levantados com a venda dos papéis serão usados nos seus projetos de transmissão de energia elétrica. A B3 fará a custódia eletrônica dos papéis. Serão 300 mil debêntures emitidas, cada uma ao valor de R$ 1 mil, com vencimento em 2045. Segundo a Neoenergia, serão pagos juros de 4,50% ao ano sobre os papéis, a partir de 15 de fevereiro de 2023.

Copel (CPLE6)

A Copel, estatal de energia elétrica do Paraná, fechou ontem um acordo com a Petrobras de fornecimento de gás natural para a usina termelétrica de Araucária (UEGA) na Região Metropolitana de Curitiba. A UEGA é um ativo controlado pela Copel, que tem participação de 80% na usina, enquanto os 20% restantes são da Petrobras. O acordo vale até 31 de dezembro deste ano.

Renova (RNEW11)

A Renova Energia, empresa em recuperação judicial, comunicou ontem ao mercado que recebeu na sexta-feira passada (21 de fevereiro) uma oferta vinculante de financiamento para concluir o parque eólico gerador de energia Alto Sertão III Fase A, bem como “para despesas operacionais correntes” da própria empresa. A companhia afirmou que estuda a oferta.

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Fonte: FONTE INFOMONEY

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