Taxas de títulos do Tesouro Direto sobem nesta terça-feira
SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam alta na manhã desta terça-feira (18), com aumento de aversão ao risco no exterior.
Hoje, o sentimento é de cautela nos mercados internacionais, após a Apple anunciar que a companhia não deverá cumprir suas projeções de receita no trimestre até março, devido aos efeitos do coronavírus.
Segundo a companhia, a epidemia exigiu o fechamento das plantas na sua cadeia de fornecedores na China e, mesmo com a retomada das atividades, esta tem sido feita em um ritmo mais lento do que o esperado. Por isso, o fornecimento mundial de peças para iPhones será afetado. No pré-market da Bolsa de Nova York, as ações da Apple caíam 4,1% após o comunicado.
A notícia trouxe preocupações para as Bolsas mundiais, uma vez que sinaliza que os efeitos do coronavírus para a produção das empresas estão sendo maiores do que o previsto. Vale destacar, contudo, que o número de novas infecções registradas em um único dia na China permaneceu abaixo de 2 mil, a primeira vez desde 30 de janeiro.
Já na China continental, o clima era mais positivo, com anúncio de novas isenções tarifárias a produtos americanos por Pequim. Ainda como parte dos esforços para amenizar o impacto do coronavírus, o banco central chinês (PBoC) cortou ontem (17) o juro de empréstimos de um ano e sinalizou que pode reduzir seus juros de referência ainda nesta semana.
No Brasil, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) ficou estável na segunda prévia de fevereiro (calculada entre 21 de janeiro e 10 de fevereiro), ante estimativa compilada pela Bloomberg de -0,09%. No mesmo período do mês anterior, o indicador registrou alta de 0,57%.
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No Tesouro Direto, o título indexado à inflação com juros semestrais e vencimento em 2055 pagava uma taxa de 3,37% ao ano, ante 3,34% a.a. na abertura de segunda-feira (17). O investidor podia aplicar uma quantia mínima de R$ 51,15 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação) ou adquirir o título integralmente por R$ 5.115,22.
Os papéis com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, ofereciam um prêmio anual de 3,24%, ante 3,21% ao ano anteriormente.
Já entre os títulos prefixados, o com vencimento em 2026 pagava 6,21% ao ano, ante 6,19% a.a. ontem, enquanto o retorno do Tesouro Prefixado com juros semestrais 2031 avançava de 6,54% para 6,59% ao ano.
Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:
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Baixo risco, liquidez e acessibilidade
O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.
O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.
O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.
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Fonte: FONTE INFOMONEY
