Veja como é a rotina de exames e alimentação dos repatriados na Base Aérea em Anápolis


Grupo teve um prato brasileiro especial no cardápio do almoço desta quinta-feira e receberam alguns mimos da Força Aérea. Eles ficarão sob observação médica até o dia 27 de fevereiro. Repatriados em reunião em área da Base Aérea de Anápolis Goiás
Reprodução/Instagram
Os repatriados que vieram de Wuhan, cidade chinesa onde começou o surto do coronavírus, cumprem diariamente as rotinas estabelecidas pelo comando da quarentena na Base Aérea de Anápolis. O grupo com 34 pessoas chegou da China no domingo (9) e ficará recluso sob observação médica até o dia 27 de fevereiro.
O piloto de avião Mauro Hart, de 59 anos, um dos repatriados, contou ao G1 Goiás que todo o grupo passa por exames de aferição de pressão, temperatura e outros. As refeições têm horários marcados, mas ele diz que sempre há lanches durante o dia.
Veja a rotina dos repatriados:
7h20 às 9h – Café da manhã
9h – Exames de aferição de pressão e temperatura
12h20 às 13h30 – Almoço
18h50 às 20h – Jantar
Feijoada servida na Base Aérea de Anápolis, Goiás
Reprodução/Instagram
Nesta quinta-feira (13), o grupo almoçou feijoada. Segundo o recluso Alefy Moreira, todos os repatriados comeram duas vezes. Flores com uma carta e chocolates também foram enviados pela Força Aérea Brasileira.
Culto inter-religioso
O Diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra, revelou nesta quinta-feira (13) que os repatriados que vieram de Wuhan, cidade chinesa onde começou o surto do coronavírus, participarão de culto inter-religioso durante a quarentena em Anápolis. Segundo ele, a Operação Regresso planejou esse evento para atender a brasileiros e chineses que fazem parte do grupo.
“Domingo agora vai ter um culto inter-religioso. Virá o nosso arcebispo militar do Brasil, Dom Fernando. Junto a ele um pastor evangélico e um monge budista”, afirmou o diretor.
Segundo Barra, a intenção é oferecer esse suporte espiritual independente da religião de cada um. Nesse caso, os líderes religiosos foram convidados especialmente para o evento programado, não são pessoas que já atuam na Base Aérea.
“Isso porque temos cônjuges chineses, temos as criancinhas, brasileiros e chineses. Isso é feito por pessoas que não fazem parte do grupo de apoio direto, mas que vem ao serem chamadas”, disse.
Questionado sobre a segurança dessas pessoas que vão e vem da área de isolamento, o comandante da Ala 2 da Base Aérea, coronel-aviador Gustavo Pestana Garcez, explicou que todas as medidas preventivas são adotadas. De acordo com ele, não há perigo de contaminação porque todas usam os Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
Repatriados participaram de show sertanejo na Base Aérea, em Anápolis
Reprodução/Instagram
O diretor-presidente da Anvisa tranquilizou novamente a população explicando como funciona a transmissão do vírus e como os itens protegem os usuários.
“Esse vírus não se transmite por aerosol, ou seja, pelo espirro. Aquela gotícula que a gente não vê direito. Esse vírus é transmitido por gotículas de saliva, que são mais pesadas. O raio de ação dela é de um metro. Nesse intervalo, se estiver com a máscara cirúrgica, que é o EPI recomendado, ele já não se propaga. Obviamente que, se o profissional for fazer uma coleta de sangue, por exemplo, ele usará um equipamento maior. Mas a máscara já é suficiente”, detalhou.
Barra também fez questão de tranquilizar a população anapolina sobre os riscos de receber os repatriados.
“Temos o fenômeno controlado, uma preparação impecável da Força Aérea, monitorando constantemente sob orientação dos órgãos de saúde. Hoje, a cidade de Anápolis é o local mais seguro, tem o mais elevado nível de controle. Não há razão para temor”, declarou.
O diretor-presidente disse ainda que não houve reação de medo ou evitação por parte dos próprios profissionais da Anvisa que estão atuando com os repatriados. Segundo ele, houve vários voluntários, na verdade.
“Bom astral, alegria, e sensação de acolhimento é o que eles estão tendo. É o foco da nossa ação. Há essa restrição ao ir e vir, mas não ficam incomunicáveis. Estão sempre dizendo o que está acontecendo lá, sem intermediários”, comentou.
Repatriados ganharam flores e uma carta da Força Aérea Brasileira, em Anápolis
Reprodução/Instagram
Mimos
Além dos cuidados médicos, psicológicos e apoio espiritual, os repatriados têm retratado vários mimos que receberam durante a quarentena.
Eles publicaram imagens de um show com músicas internacionais e até um sertanejo para matar a saudade do ritmo. Também mostraram flores e recados carinhosos que ganharam.
Há fotos também de camisetas da Força Aérea e do almoço desta quinta-feira: feijoada. “Todos comemos duas vezes”, revelou o repatriado Alefy Moreira.
VE – Repatriação de brasileiros na China
Aparecido Gonçalves e Juliane Monteiro/G1
Initial plugin text
Fonte: SAUDE

Aqui você pode expressar sua opinião livremente.