Ibovespa segue alívio da véspera e sobe acompanhando exterior; Fomc e coronavírus no radar

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SÃO PAULO – Enquanto esperam pela decisão de política monetária nos Estados Unidos, com a divulgação às 16h do resultado da reunião dos dirigentes do Federal Reserve, a sessão desta quarta-feira (29) é mais uma vez de alívio para o Ibovespa após a forte alta de 1,74% na véspera, seguindo o exterior. Nesta sessão, os investidores repercutem a safra positiva de balanços em Wall Street, com destaque para a Apple, e também no Brasil, com o avanço das units do Santander Brasil após o resultado. A subsidiária brasileira do banco espanhol lucrou R$ 14,18 bilhões em 2019.

Com isso, às 10h09, o Ibovespa registrava ganhos de 0,54%, a 117.058 pontos. Já o dólar voltou a cair, com o comercial em baixa de 0,22%, a R$ 4,1827 na compra e R$ 4,1852 na venda, revertendo alta da abertura que levou a moeda a mais de R$ 4,20. Bolsas globais e commodities sustentam viés positivo e buscam manter a reação de ontem, quando dados econômicos robustos nos EUA ajudaram a desviar parcialmente a tensão com relação ao coronavírus. Contudo, a cautela com o risco de propagação da doença, contudo, ainda persiste.

As atenções do mercado seguem para o surto do coronavírus na China; o governo informou que o número de pessoas infectadas ultrapassou seis mil, das quais 132 morreram. A Bolsa de Hong Kong, que já reabriu hoje, caiu menos que o temido diante das ameaças pesadas do vírus, após BC chinês ontem prometer prover liquidez.

No Brasil, o Ministério da Saúde informou no fim da tarde de ontem  que o Brasil tem três casos suspeitos de coronavírus. Além de uma estudante de 22 anos, que está internada em Belo Horizonte, mais duas pessoas têm suspeitas de portar o vírus. Uma delas está em Porto Alegre (RS) e outra em Curitiba (PR).

Os investidores acompanham com atenção o fim do encontro do Federal Open Market Committee (Fomc), que deve manter os juros entre na banda de 1,50% a 1,75%; presidente do Fed, Jerome Powell, fala em coletiva de imprensa às 16h15. A dúvida é se Powell mencionará incerteza com o vírus, que já matou mais de 130 pessoas e afeta atividades de empresas como Toyota e Starbucks no mercado chinês.  Enquanto o Fomc não sai, os investidores repercutem positivamente os resultados trimestrais em Wall Street, com destaque para a Apple. No Brasil, atenção para a divulgação do balanço do Santander Brasil, que lucrou R$ 14,18 bilhões em 2019.

Já os juros futuros têm uma sessão de leve queda: os vencimentos em janeiro de 2021 têm leve queda de 1 ponto-base, a 4,325% na abertura, enquanto o de vencimento em janeiro de 2023 fica estável a 5,47%.

Os investidores também seguem de olho nas falas de Gustavo Montezano, presidente do BNDES, que se explica sobre a auditoria de R$ 48 milhões para abrir a “caixa-preta” do banco em operações com o grupo J&F, sem encontrar nenhuma irregularidade.

Agenda econômica

Já  na agenda econômica, o Banco Central divulgou o movimento de crédito em dezembro e em 2019. A taxa média de juros cobrada no cheque especial caiu em dezembro, depois de ter registrado alta em novembro, de acordo com o Banco Central. A taxa passou de 306,6% ao ano para 302,5%.

O governo federal apresenta o resultado primário de dezembro e de 2019, às 14h30. O governo central deve registrar déficit primário de R$ 1,6 bilhão em dezembro, segundo estimativa mediana de economistas pesquisados pela Bloomberg, depois de déficit de R$ 16,5 bi em novembro e de R$ 31,7 bilhões em dezembro de 2018. Também nesta quarta acontece a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelo Ministério da Economia e pelo Banco Central do Brasil.

Além do resultado da reunião do Fomc, nos Estados Unidos, o governo deve divulgar às 10h30 a balança comercial de bens avançados em dezembro. No mesmo horário, serão divulgados estoques no varejo e no atacado.

Ao meio-dia, o Fundo Monetário internacional (FMI) divulga em Washington um relatório de perspectivas econômicas para a América Latina e o Caribe em 2020.

Reformas econômicas

O relator da reforma tributária na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), defendeu nesta terça-feira (28) um esforço conjunto de deputados e senadores para que a proposta seja votada em texto único até junho na Câmara e no Senado. O governador de São Paulo, João Doria, disse ontem em evento no Credit Suisse estar confiante de que reforma tributária do governo federal será aprovada e que será seguida pela reforma administrativa.

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Fonte: FONTE INFOMONEY

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