Arrecadação sobe 1,69% em 2019, para R$ 1,5 trilhão, melhor resultado em cinco anos

Informações foram divulgadas nesta quinta-feira pela Secretaria da Receita Federal. A arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais teve um aumento real (descontado a inflação) de 1,67% em 2019, e somou R$ 1,537 trilhão, segundo números divulgados pela Secretaria da Receita Federal nesta quinta-feira (23). Trata-se do melhor resultado, para um ano fechado, desde 2014, ou seja, em cinco anos.
De acordo com o Fisco, contribuíram, para o aumento da arrecadação neste ano, os seguintes fatores:
Crescimento da economia brasileira, que, segundo a previsão de analistas do mercado financeiro, deve ficar em cerca de 1,2% no ano passado (resultado ainda será divulgado pelo IBGE).
Parte do crescimento da arrecadação no acumulado deste ano ainda está relacionada ao resultado de 2018, pois as empresas recolheram esses valores no primeiro trimestre de 2019.
Arrecadação atípica de R$ 13 bilhões em IRPJ e CSLL em 2019 influenciada pelas “alterações nas regras de compensações tributárias, a exemplo das estimativas mensais dos tributos”.
Crescimento das receitas com “royalties” do petróleo, com alta real 1,28% no ano passado, contra 2018, para R$ 61,011 bilhões. No ano anterior, haviam somado R$ 58,214 bilhões.
Alta do crédito bancário para empresas e pessoas físicas, que gerou aumento real de 8,44% no Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), para R$ 40,890 bilhões.
Meta fiscal
O comportamento da arrecadação é importante porque é uma referência para a busca da meta fiscal, ou seja, o resultado para as contas públicas.
Para 2019, a meta do governo é de um déficit (resultado negativo, sem contar as despesas com juros) de até R$ 139 bilhões.
No ano passado, o rombo fiscal somou R$ 120 bilhões. Foi o quinto ano seguido de rombo nas contas públicas.
Até julho deste ano, o governo efetuou bloqueios no orçamento para tentar cumprir a meta fiscal e, somente no mês passado, anunciou liberação de recursos
A liberação deu fôlego financeiro para os ministérios, que, devido a restrições orçamentárias impostas pelo governo desde o início do ano, vinham enfrentando dificuldades maiores para executar seus projetos.
Fonte: ECONOMIA

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