Fazenda do noroeste paulista mantém estrutura de antigas colônias

Vilarejos abrigavam muitas famílias que trabalhavam na produção agrícola. Fazenda do noroeste paulista mantém estrutura de antigas colônias
Reprodução/TV TEM
O casarão majestoso da Fazenda Água Milagrosa é herança dos tempos áureos do café. Erguido em 1934 como símbolo de um império e sede do que foi uma das maiores produtoras do grão no interior de São Paulo, até hoje resiste ao tempo para contar história.
As colônias surgiram em uma época em que o Brasil recebeu muitos imigrantes para trabalhar nas lavouras. Inúmeros vilarejos foram montados dentro das fazendas para abrigar as famílias.
Só a Fazenda Milagrosa, que fica em Tabapuã, na região de São José do Rio Preto (SP), chegou a ter mais de um milhão de pés de café. O terreiro não é mais usado. É tão grande quanto a história do lugar. Com o passar dos anos, o café perdeu força e deu lugar a outras culturas. Atualmente, os três mil hectares estão ocupados por laranja, soja, cana e gado.
(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 02/02/2020)
Fazenda do noroeste paulista mantém estrutura de antigas colônias
A fazenda é uma das poucas do interior paulista que mantém a tradição de colonos, famílias de funcionários que moram na propriedade. São 25 famílias no total, quase 100 pessoas que vivem como antigamente, de um jeito bem mais moderno.
As casinhas todas iguais são equipadas com TV a cabo e internet. Aparecido Donizeti Borges concorda que as mudanças foram grandes nos últimos tempos. O filho dele, Alex Júnior Borges, tem 25 anos e também nasceu e foi criado na propriedade. Acabou arranjando um emprego na própria fazenda.
Viver em colônia é viver em comunidade. Uma vida simples, regada com muito amor pela terra onde se vive e se tira o sustento.
A arrumadeira Rosemara Borges da Silva ainda lembra da infância no local, quando o número de pessoas era bem maior. Foi na fazenda que ela conheceu o esposo, Marcos Rogério, há quase 30 anos. Os dois filhos, Douglas e Diego, nasceram, vivem e trabalham na propriedade.
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Fonte: ECONOMIA