Empresa carioca cria glíter que não polui o meio ambiente
O glíter ecológico é feito de forma artesanal. Ano passado, a empresa faturou R$ 300 mil. Empresa carioca cria glíter que não polui o meio ambiente
O Carnaval só começa oficialmente dia 21 de fevereiro, mas já tem bloco saindo nas ruas do Rio de Janeiro. E é lá que o Pequenas Empresas & Grandes Negócios encontrou uma novidade para quem quer se divertir sem poluir o meio ambiente: o glíter ecológico.
Uma das coisas mais procuradas nessa época do ano é o glíter. Só que o glíter que os foliões tanto gostam e esperam o ano todo para usar é feito de plástico e alumínio. As pequenas partículas de plástico levam mais de 400 anos para se decompor e quando chegam aos oceanos são confundidas com alimentos e ingeridas pelos animais marinhos.
Preocupada com o impacto ambiental, Frances Sansão, arquiteta carioca apaixonada por carnaval, resolveu produzir um glíter ecologicamente correto: “Comecei a fazer teste em casa pra mim. Quando achei que ficou legal, mostrei pra minhas amigas e elas falaram: ‘faz pro carnaval’. Aí eu queria ganhar um dinheirinho e surgiu um monte de gente pedindo”.
O processo começa na panela, com a mistura de três ingredientes: água, ágar-ágar, uma gelatina feita de algas, e pó de mica, um mineral que dá cor e brilho ao glíter. Depois, a mistura é colocada em folhas de polietileno, único material plástico que a empresa usa na produção do glíter biodegradável.
O processo é tão artesanal que Frances precisou adaptar uma sala inteira do escritório com ar condicionado, ventilador de teto e um aparelho para tirar a umidade do ambiente, só para secar o glíter. Depois de seco, o glíter é triturado num moedor – primeiro em um maior e depois em um mais fino.
Para começar o negócio em 2016, Frances e mais duas sócias investiram R$ 3 mil. Em 2018, receberam um aporte de R$ 25 mil. A produção saltou de 10 quilos para 50 quilos e este ano deve chegar a 80 quilos.
O vidrinho pequeno é vendido por R$ 10 e o maior por R$ 18. Ano passado, a empresa faturou R$ 300 mil.
“Nossa ideia é conseguir estruturar a empresa de forma mais profissional, industrializar alguns processos, como trituração e secagem, pra gente quebrar sazonalidade e entrar no mercado externo”, explica Frances.
Agora, é torcer pra mais e mais foliões se divertirem de maneira sustentável.
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Fonte: ECONOMIA
