28 vírus desconhecidos são encontrados por cientistas em geleiras no Tibete
Pesquisadores alertam que crise climática pode liberar os organismos. Pesquisa foi feita com fragmento de geleira mais antiga da Terra. 28 grupos de vírus desconhecidos, que estavam congelados há 15 mil anos, foram descobertos por cientistas chineses e americanos. A pesquisa recolheu amostras do gelo glacial mais antigo da Terra, que ficam em Guliya, no noroeste do Tibete, na China.
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Segundo os cientistas, com a crise climática, que traz o derretimento dos gelos glaciais, há possibilidade de novos agente patogênicos serem liberados, como o Coronavírus. O que poderia trazer riscos para a humanidade. Outro fator que poderia ocorrer em caso de derretimento é a perda de micro-organismos e de vírus que são materiais essenciais para trazer informações sobre a história climática do planeta.
Geleiras no Tibete, região na china onde amostras do gelo glacial foi pesquisada pelos cientistas.
Wikimedia Commons
Vírus em geleiras
Segundo o artigo publicado na revista científica Biorxiv, o gelo das geleiras abriga diversos microrganismo que trazem um arquivo genético importante para ser analisado, dentre este material, estão os vírus. Até hoje, poucos estudos conseguiram analisar os materiais genéticos encontrados, porque os núcleos dos vírus, normalmente, estão prejudicados pelas baixas temperaturas.
O trabalho divulgado no início de janeiro, traz possibilidades metodológicas para que possam surgir novos estudos sobre organismos que ficam arquivados no centro das geleiras. A metodologia, basicamente consegue limpar a superfície do gelo – retirando micro-organismos e vírus recentes- para acessar o interior e identificar o arquivo viral das geleiras.
Os cientistas destacam que o trabalho se torna importante por permitir o acesso a essa “virosfera” arquivada no gelo das geleiras.
Para realizar a coleta do material os cientistas perfuraram 50 metros no gelo e utilizaram técnicas de microbiologia para identificar estes organismos nas amostras. Essa amostras de gelo foram analisadas em uma sala com temperatura de -5ºC. Após o contato com o material, os cientistas foram submetidos a um protocolo de descontaminação.
Os dados coletados, segundo o artigo, preenchem uma lacuna de informações sobre vírus arquivados no gelo das geleiras e possibilita entender os impactos dos vírus em seus hospedeiros microbianos quando estavam ativos. Graças a esses “arquivos congelados”, outros estudos poderão permitir que os cientistas entendam a evolução e as interações microbianas e virais .Também, segundo o artigo, esse material pode ontribuir para o estabelecimento de mudanças climáticas passadas nesses ambientes.
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Fonte: SAUDE