Criação de Conselho da Amazônia demonstra sensibilidade à questão ambiental, diz Paulo Guedes em Davos
Mais cedo, ministro da Economia havia afirmado que ‘pior inimigo do meio ambiente é a pobreza’. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (21) que governo Bolsonaro está sensível às questões ambientais, e que o país não destruiria seus próprios recursos naturais, desvalorizando seu patrimônio.
Segundo ele, é preciso “atacar a pobreza, remover a pobreza, aumentar a taxa de investimento no país, mas “naturalmente preservando a qualidade de vida dos brasileiros”. “É uma preocupação nossa, nós jamais iríamos destruir nossos próprios recursos naturais e desvalorizar as coisas que temos”, afirmou Guedes em entrevista à GloboNews.
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‘O pior inimigo do meio ambiente é a pobreza’, diz Paulo Guedes em Davos
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Guedes lembrou que as preocupações ambientais podem atingir, ainda que indiretamente, os investimentos no Brasil. Mas afirmou que o anúncio também nesta terça, pelo presidente Jair Bolsonaro, da criação do Conselho da Amazônia e de uma força ambiental, “já é uma demonstração enorme de uma sensibilidade ao problema”.
Mais cedo, durante sua participação em um painel no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, ao comentar a relação entre indústria e meio ambiente, Guedes afirmou que “o pior inimigo do meio ambiente é a pobreza. As pessoas destroem o meio ambiente porque precisam comer”.
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‘Relatório do andamento das reformas’
Segundo o ministro, a principal meta de sua participação em Davos este ano é “fazer um relatório” do andamento das reformas no Brasil, que “andaram muito bem” no ano passado.
“Eu vim então exatamente mostrar que o Brasil está em andamento. O Brasil é hoje uma fronteira de investimentos importante pro mundo, tem mineração, tem petróleo, tem infraestrutura, e o mundo está desacelerando e o Brasil está reacelerando”, disse Guedes.
O ministro apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer “em torno de 2,3%, 2,4%” este ano, “o dobro do ano passado”. A previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI), no entanto, é que a economia do país cresça 2,2% – abaixo dos 3,3% esperados para a economia global.
Guedes comemorou também a posição do Brasil como quarto maior destino de investimentos estrangeiros diretos no ano passado, com um crescimento de 26% em relação a 2018, frente a uma queda global de 1%. Segundo a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), responsável pelos dados citados pelo ministro, a alta nos investimentos no Brasil foi puxada pelas privatizações, como a venda da transportadora de gás TAG pela Petrobras.
De acordo com o ministro, o país “poderia ter ficado em terceiro” no ranking, se as empresas estrangeiras tivessem participado do leilão dos excedentes da cessão onerosa. Realizado em novembro, o leilão terminou com uma arrecadação de R$ 69,96 bilhões – abaixo dos esperados R$ 106,5 bilhões, e pelo desinteresse das gigantes estrangeiras.
Apesar disso, Guedes apontou que “boa parte das críticas que aconteceram o ano inteiro, que nós não estávamos conseguindo atrair investimentos, não eram realistas, eram críticas simplesmente infundadas”.
Fonte: ECONOMIA